Crescimento da indústria de transformação faz Paraná superar países desenvolvidos

O crescimento de 17,9% da produção industrial paranaense no primeiro semestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, ganha ainda mais relevância quando colocada em perspectiva com a evolução do setor em outros países do mundo.

Publicado em 15/09/2021 às 07:50 por Tatiane Bertolino
Fotografia: Jonathan Campos/AEN


Um levantamento com base em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), revela que a indústria de transformação do Paraná superou nações desenvolvidas no período, como Bélgica (16,1%), Espanha (14,8%), Suécia (12,6%), França (11,8%), Portugal (10,8%), Coreia do Sul (8,7%), Japão (8,2%), Alemanha (7,9%) e Estados Unidos (7,3%).


O índice também é superior ao do Brasil, que atingiu nos seis primeiros meses de 2021 crescimento de 14,5%. Além disso, a indústria local conseguiu ficar à frente do conjunto de 27 países que formam a União Europeia (12,9%) e também da chamada Zona do Euro, demarcação geopolítica formada por 19 nações da Europa que seguem com moeda única.


O bom resultado, apontado pela Pesquisa Industrial Mensal – Regional (PIM-PF-REGIONAL), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi impulsionado por setores como a fabricação de bebidas (14,9%), produtos de madeira (53,3%), produtos de borracha e material plástico (14,7%), produtos de minerais não-metálicos (29,9%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (38,5%), máquinas e equipamentos (83,5%), móveis (28,4%) e veículos (53,1%). 


No acumulado até julho, recorte mais amplo divulgado há algumas semanas, o indicador também é positivo. No Paraná, o crescimento foi de 16,2% em sete meses, contra 11% do resultado nacional.


OUTROS IMPACTOS – Na variação mensal mais atualizada (julho de 2020 e julho de 2021), os motores do Paraná foram veículos (83%), máquinas e equipamentos (52,6%), produtos de madeira (2,9%), papel e celulose (6,8%), produtos minerais não-metálicos (3,9%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (18,5%).

No setor automotivo, tiveram peso a indústria pesada de caminhões, tratores agrícolas, reboques e semirreboques.


Já no acumulado dos últimos doze meses (agosto de 2020 a julho de 2021), período que registra os impactos mais severos das duas ondas da pandemia, o Estado também apresentou resultado positivo, com crescimento de 8,2% em relação ao período exatamente anterior (agosto de 2019 a julho de 2020), que englobou a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 (março de 2020).

Fonte: Agência Estadual de Notícias