NOTA OFICIAL:
Mesmo na condição de um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o Brasil pratica uma das políticas que colocam os derivados dessa matéria-prima entre os mais caros do planeta. Os aumentos quase que diários que ocorrem há meses elevaram fortemente os preços nas bombas, com sérios prejuízos a uma economia que há três anos sente os reflexos da maior e mais duradoura crise nacional.
O G8, grupo que reúne oito das principais entidades empresariais de Cascavel, coloca-se ao lado dos caminhoneiros em mais uma paralisação que afeta praticamente todo o território brasileiro. O País, devido à falta de planejamento e de investimentos em áreas estruturais e logísticas, tem forte dependência do transporte rodoviário. Mais de 70% de todas as riquezas e mercadorias que movimentam o País circulam pelo modal rodoviário.
Os pesados e sucessivos aumentos nas bombas provocam retração econômica com reflexos na ainda oscilante economia nacional. Os postos, desde que os preços começaram a ter reajustes quase que instantâneos à variação do dólar e aos movimentos do mercado, tiveram queda nas vendas em cerca de 30%. Ao mesmo tempo em que desaquece atividades econômicas de um lado, de outro o aumento dos derivados de petróleo atinge inúmeras cadeias produtivas, do agronegócio à química fina.
A fragilidade da política adotada pela Petrobras e o momento de incertezas que atinge boa parte do planeta agravam as coisas no mercado interno. Do valor que se paga nos combustíveis e derivados de petróleo, praticamente a metade são impostos. Por isso, o G8 reforça sua posição de que o governo, de forma corajosa e estadista, precisa encontrar meios para conter seus gastos, tornar a gestão pública mais eficiente, e combater toda forma de desperdício e de corrupção.
O Grupo dos 8 também não concorda somente em negociações compensatórias que possam sobrecarregar ainda mais a economia. Não é justo amenizar um e provocar outro problema, transferindo responsabilidades principalmente para o setor produtivo já tão castigado por uma carga tributária tão injusta. Já passou da hora de a sociedade entender que as reformas são inevitáveis e imediatas, precisamos de privatizações e da diminuição do tamanho do Estado. É necessário agir em favor da construção de um Brasil mais digno, de oportunidades e mais justo a todos.
G8: Acic, AMIC, CDL, Sindilojas, Sinduscon-Paraná/Oeste, Sindicato Rural, Sociedade Rural do Oeste e Subseção da OAB.