Ela poderia passar a vida toda refém de um trabalho que não a deixa realizada. Estudou para isso, se formou em Direito, focou em concursos, advogou, mas não se sentia satisfeita com o trabalho que desempenhava dentro de um escritório, em frente ao computador. Essa é a história de uma jovem que descobriu nessa insatisfação uma nova alternativa para ser feliz profissionalmente: empreender! Caroline Canabarro Marciniak, de 32 anos, é uma cascavelense que teve a coragem de mudar completamente de área: da advocacia para o ramo alimentício. “Assim como todo adolescente, sai do colégio e tive que escolher uma faculdade. Eu acabei escolhendo Direito mas não sabia ainda o que gostava de fazer. Me formei e não estava satisfeita. Então, morei fora do Brasil por três anos e trabalhei em restaurante e atendendo em loja. E essas duas experiências me despertaram: era mais sacrificante, mas eu gostava mais de fazer aquilo, era mais divertido, fazia com mais amor”, conta Carol.
Quando retornou ao Brasil, um restaurante que estava à venda em Cascavel fez os olhinhos dela brilharem. “Me apaixonei pelo lugar! Como já tinha uma noção sobre preparação de pratos decidi buscar um sócio para comprar o negócio. Gosto muito da área de alimentação saudável, fitness, atividade física, enfim... E enxerguei muito potencial nesse restaurante!”, comenta Carol, que em 2018 completou dois anos como microempresária.
Mas como foi essa transição?! Como acreditar num negócio em que você tem afinidade, mas ainda não tem conhecimento técnico?
Cara, coragem, muita entrega e suor são as respostas! “A maior dificuldade no início foi aprender sobre finanças e pessoas. Ao mesmo tempo que você tem que aprender, já tem que aplicar e então não tem muito tempo para pesquisar e planejar. Tem que abrir as portas e atender! Nos ajudou muito o fato de que tínhamos um dinheiro guardado, isso foi uma dor de cabeça a menos, tínhamos uma verba para esperar o negócio andar com as próprias pernas. Mas a principal dificuldade foi aprender sobre o negócio e formar os processos nele sem saber nada sobre o ramo”, detalha.
Onde Carol e o sócio encontraram apoio para superar essa fase inicial e consolidar a empresa? Na AMIC! Consultoria e capacitação foram a chave para gerir o negócio. “A princípio me associei por conta do Convênio Saúde para meus funcionários terem acesso às consultas e exames. Mas além disso o que eu mais uso hoje na AMIC é o Ponto de Atendimento do Sebrae, que foi o que me ajudou a melhorar a gestão. Fiz curso de gestão de pessoas, que eu aplico muito, estou fazendo o curso de gestão de qualidade, que também está mudando bastante coisa dentro da empresa e mantenho contato constante para saber sobre cursos novos”.
Conselho de empreendedora!
Você se sente insatisfeito com seu trabalho atual, mas fica cheio de receio mesmo desejando muito trocar de área?! Inspire-se nesta história: Carol só decidiu empreender aos 30 anos, mesmo já estando “enraizada” com a advocacia. Ela aconselha a escutar o que o coração vai dizendo com a chegada da maturidade. “Uma coisa que eu olho para trás e vejo é que a nossa sociedade educa para que a gente faça uma faculdade, estude, arranje um emprego e no final do mês seja pago por isso. A maioria das faculdades não ensina você a pensar num negócio próprio e tirar seu sustento dele. Acho que falta essa educação empreendedora, isso deveria ser mais incentivado entre os jovens. Não incentivar apenas a passar em vestibulares. Tem outras formas de ganhar a vida e empreender é uma delas. Eu fui aprender isso com 30 anos e estou muito feliz de ter me encontrado nessa área!”.