A cidade de Cascavel será um dos maiores e mais importantes entroncamentos ferroviários do Brasil. É o que prevê o novo traçado da Ferroeste, apresentado nesta sexta-feira (11) durante o Show Rural Coopavel.

O prefeito Leonaldo Paranhos destacou que Cascavel será o coração desse grande projeto, que irá transportar boa parte da produção da região oeste do Paraná. “Cascavel se consolida definitivamente, entra nessa nova era, essa interligação do porto de Paranaguá, Santa Catarina, Mato Grosso, de fato, para nós é nossa independência. Podemos aumentar nossa produção porque teremos capacidade de escoamento da nossa safra e de tudo aquilo que a gente produz para o Paraná, para o Brasil e para o mundo”, observou.

Cascavel terá o ramal até Guarapuava, Foz do Iguaçu e Maracaju (MS). Agora está em processo de estudo e deverá ser incluído na modelagem um ramal ligando Cascavel a Chapecó (SC). “Isso é fundamental para o desenvolvimento da região, que é produtora de grãos e proteína animal. Terá capacidade logística de levar os produtos com mais qualidade, seja para exportação ou para distribuir para outros estados”, avalia o presidente da Ferroeste, André Gonçalves.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, destacou que historicamente a Ferroeste foi deficitária, mas que desde o primeiro ano da atual gestão deixou de operar no vermelho e ampliou sua capacidade. Agora, ela se transformou no maior projeto do Paraná. “Estamos falando do Brasil retornando aos trilhos”, enfatizou.

Ontem (10), o governador Ratinho Junior esteve em Brasília com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, para debater o projeto da Nova Ferroeste, principalmente nas questões ambientais. “Importante que se faça um licenciamento mais completo possível, mas que tenha celeridade neste processo”, diz o presidente da Ferroeste, André Gonçalves.

O projeto da Nova Ferroeste prevê a ampliar o traçado da atual Ferroeste S/A, que tem 248 quilômetros, entre Cascavel e Guarapuava. A ligação deve contar com 1.304 quilômetros de trilhos: além do traçado entre Maracaju e Paranaguá, haverá também um ramal de Cascavel a Foz do Iguaçu, formando o Corredor Oeste de Exportação.

O projeto é dividido, basicamente, em três fases. A primeira é a do estudo de viabilidade técnica, que já está concluído. Depois os estudos ambientais, que já foram concluídos, mas dependem de licenciamentos de órgãos específicos e, por fim, a modelagem econômica e financeira, que está em fase de estudo final antes de ser levado à Bolsa de Valores para o leilão. O vencedor do leilão vai executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.