Mercado de locação cresce e atrai donos de pequenos negócios em nichos específicos

O mercado de aluguel de produtos, máquinas e equipamentos tem atraído cada vez mais o interesse de empreendedores.

Publicado em 15/06/2022 às 14:05 por Thauana Marin
Fotografia: Pexels

O mercado de aluguel de produtos, máquinas e equipamentos tem atraído cada vez mais o interesse de empreendedores. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com dados do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) registrados nos últimos quatro anos, houve um aumento do número de abertura de micro e pequenas empresas (MPE) que prestam serviços relacionados à locação. Nas 15 atividades analisadas, a variação média do período entre 2018 e 2021 ficou em 25%, no entanto, setores da construção, transporte e saúde tiveram taxas de crescimento expressivas.


A atividade de locação de meios de transporte como ônibus, motocicletas, trailers, caminhões, reboques, semi-reboques e similares contabilizou expansão de 154%. Os números mostram que essa atividade já estava em alta antes da pandemia, mas que apesar da crise segue com oportunidades, com incremento em torno de 70% entre 2020 e 2021.


A informações obtidas pelo Sebrae também mostram uma alta de 90% no volume pequenos negócios que atuam no CNAE relacionado ao aluguel de máquinas e equipamentos de construção sem operador, como betoneiras, tratores, escavadores, motoniveladoras e similares. No caso de aluguel de andaimes, que possui um CNAE específico, essa taxa chegou a 43%.


No segmento de saúde, o número de MPE que alugam equipamentos científicos, médicos e hospitalares, elétricos ou não, bem como equipamentos médicos-cirúrgicos hospitalares, expandiu em torno de 72%. O alto índice foi semelhante ao de aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas.


O analista de Competitividade do Sebrae Alberto Ribeiro explica que o motivo desses resultados positivos pode ser avaliado sob duas perspectivas. A primeira é relacionada à tendência de migração para o modelo de negócio de aluguel, acelerada pela pandemia.


“As pessoas começaram a demandar por serviços de maneira diferente e isso acelerou a visão da economia compartilhada, que já era uma tendência. Por outro lado, os pequenos negócios também começaram a enxergar que é mais compensador alugar máquinas e equipamentos do que comprar um bem que será pouco usado”, avalia.


A segunda causa está relacionada à reposição do próprio mercado, que sofreu perdas durante os dois últimos anos. “Pode haver ainda fatores bem específicos de cada atividade, que se somam à retomada da demanda pós-pandemia, atraindo os empresários que agora estão vendo essas oportunidades”, complementa o especialista do Sebrae.


Confira abaixo outros números do levantamento com comparativos entre os anos de 2018 e 2021: 


- 68% de aumento das atividades relacionadas ao aluguel de móveis, utensílios e aparelhos eletroeletrônicos de uso doméstico e pessoal, inclusive instrumentos musicais;


- 68 % de aumento das atividades relacionadas ao aluguel de máquinas e equipamentos comerciais e industriais, tais como equipamentos de testes, medição e controle; contêineres, guinchos, empilhadeiras, turbinas, equipamentos cinematográficos, entre outros;


- 32% de aumento das atividades relacionadas ao aluguel de máquinas e equipamentos para escritórios, tais como computadores e equipamentos periféricos, projetores, data-show, reprodutoras de cópias entre outros.


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Fonte: Agência Sebrae de Notícias