Greve dos Caminhoneiros: AMIC emite nota de repúdio às medidas de compensação do governo federal

A proposta aprovada afeta setores como hoteleiro, varejista (exceto calçados) e segmentos industriais

Publicado em 29/05/2018 às 21:00 por AMIC Comunicação

A AMIC Oeste Paraná informa que repudia as medidas de compensação publicadas pelo Governo Federal para sanar as dificuldades com a paralisação iniciada em 21 de maio pelos caminhoneiros.

Nesta terça-feira (29), o Senado Federal aprovou o projeto de lei 52/2018, votado em regime de urgência, que contém em seu texto a redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel, atendendo à reivindicação oriunda da greve dos motoristas de caminhão. Mas ao mesmo tempo, para compensar esse desconto, o projeto prevê uma reoneração dos setores produtivos para que haja uma arrecadação de cerca de R$ 5,7 bilhões em impostos. 

A proposta aprovada afeta setores como hoteleiro, varejista (exceto calçados) e segmentos industriais. A medida frustra e desagrada a AMIC, já que demonstra que o governo vem cobrindo um segmento e descobrindo outro, em vez de encarar a necessidade de uma Reforma Tributária, bandeira levantada pela entidade com afinco.

A AMIC reforça que se manteve ao lado dos caminhoneiros no primeiro momento da paralisação, sabendo da legitimidade da greve, mas salienta que junto ao G8 (grupo das oito principais entidades empresariais de Cascavel), desaprovou, em segundo estágio, a forma como o movimento seguiu, com a comprovação da infiltração de pessoas alheias e reivindicações estranhas à causa dos caminhoneiros.

A entidade acredita que a medida correta a ser adotada pelo governo seja encarar de frente a Reforma Tributária e diminuir o Estado, e não aumentar a carga tributária, que afeta toda a população.