Dólar cai para R$ 5,16 com mercado externo e Copom

Bolsa desacelerou no fim da tarde e fechou com alta de 0,59%

Publicado em 03/08/2021 às 04:57 por Tatiane Bertolino
Fotografia: Rick Wilking

Num dia de alívio externo e de expectativa com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar caiu para R$ 5,16 após ter superado R$ 5,20 na sexta-feira (30). A bolsa de valores chegou a subir mais de 2% durante a manhã, mas desacelerou no fim do dia, influenciada pelo mercado norte-americano.


O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (2) vendido a R$ 5,165, com recuo de R$ 0,045 (-0,86%). A cotação chegou a cair para R$ 5,11 na mínima do dia, por volta das 13h45, mas reduziu o ritmo de queda após o enfraquecimento do otimismo no mercado internacional.


Com o desempenho de hoje, o dólar volta a registrar queda em 2021. No acumulado de 2021, a moeda norte-americana acumula baixa de 0,46%.


No mercado de ações, o otimismo também prevaleceu. Após a sexta-feira turbulenta, em que caiu 3,08%, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.515 pontos, com alta de 0,59%. Por volta das 11h30, o indicador subia 2,21%, influenciado pela divulgação de lucros de bancos, mas a queda do preço internacional do petróleo e o recuo das bolsas norte-americanas influenciaram as negociações perto do fim da sessão.


No cenário externo, o mercado financeiro teve um dia de tranquilidade após o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) reafirmar que não pretende retirar os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19 (juros baixos e programa de compra de títulos) tão cedo. Na sexta-feira, a divulgação de que a inflação e o consumo nos Estados Unidos subiram mais que o previsto criou instabilidade nos mercados de todo o planeta.


A manutenção de juros baixos em economias avançadas estimula a entrada de capitais em países emergentes, como o Brasil, onde os juros são mais altos. No mercado doméstico, os investidores estão sob a expectativa da reunião do Copom. Segundo o boletim Focus, pesquisa de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, os analistas agora acreditam que a taxa Selic (juros básicos da economia) será elevada em 1 ponto percentual nesta semana, em vez dos 0,75 ponto das últimas reuniões.


No fim do dia, as preocupações com uma desaceleração econômica nos Estados Unidos provocada pela variante delta do novo coronavírus reduziram o otimismo no mercado externo. A cotação internacional do petróleo caiu mais de 3% hoje, com a perspectiva de que um eventual atraso na recuperação econômica decorrente da alta nos casos de covid-19 afete a demanda por combustíveis.

* Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil de Notícias