Expectativa para vendas no Dia dos Pais é 32% maior do que no mesmo período no ano passado

De acordo com pesquisas, a perspectiva é que o crescimento do número de pessoas vacinadas irá oxigenar a comemoração da data especial.

Publicado em 06/08/2021 às 05:31 por Tatiane Bertolino
Fotografia: Divulgação

Com o avanço da campanha de vacinação contra o coronavírus, com a primeira dose aplicada em quase 50% da população, cresce a expectativa dos pequenos negócios pela retomada do nível de faturamento anterior ao início da pandemia. O Dia dos Pais, celebrado no próximo domingo (8), promete aquecer o varejo. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a estimativa é que ocorra um aumento médio de 32%, em relação às vendas do ano passado, no mesmo período. Esse crescimento corresponde a um faturamento de R$ 870 milhões a mais no caixa das empresas.


A mesma pesquisa mostra que a intenção de presentear a figura paterna também cresceu, assim como o valor dos presentes comprados. O tiket médio aumentou 11,6%, em relação ao ano passado, com expectativa que fique em R$ 192. Tradicionalmente, os setores que mais movimentam produtos e serviços nessa temporada são os de artigos esportivos, eletrônicos, calçados e alimentos.


A analista de competitividade do Sebrae, Verônica Couto, chama a atenção para a importância de investir nas formas presenciais e online de venda. “Sem dúvidas, o comportamento de compra online se intensificou enormemente com a pandemia. Para compra de produtos eletrônicos, já havia uma boa familiaridade e aceitação por parte do consumidor. Agora, essa prática já está consolidada em praticamente todos os segmentos.


As pessoas compram desde itens para o vestuário até o jantar para o Dia dos Pais. Por isso, é importante que o dono de micro e pequenos negócios se prepare para o atendimento presencial e online. Todo o relacionamento que foi construído durante a pandemia, pode ser usado agora com aquelas pessoas que já se sentem mais encorajadas a sair de casa”, indica.


“Uma outra tendência que tem se mostrado positiva é a compra online, com a busca pelos produtos presencialmente. Os micro e pequenos negócios também devem investir nisso, pois é mais uma prática que favorece as vendas”, destaca Verônica. A analista reforça a necessidade constante do investimento nos meios digitais para favorecer o processo de atração e prospecção de vendas. “É preciso estar atento às novas possibilidades de venda e relacionamento abertas pelas redes sociais. As empresas precisam aprender a utilizar o marketing digital como ferramenta de conexão com seus consumidores. Quanto mais personalizada a comunicação com seu cliente, maiores as chances de engajamento e de compra. As datas comemorativas são ótimas oportunidades para ganho de novos clientes e fidelização dos que já fazem parte da sua rede, uma vez que há recorrência anual”, diz.


Kits personalizados e adequados à crise


A microempreendedora Patcha Pietrobelli, criadora do @PãodaPatcha, com operação em São Paulo, vem investindo no relacionamento online com os clientes durante a pandemia. Segundo ela, o Dia dos Pais tem movimentado os pedidos, e, por isso, ela também já aumentou a produção. “Já cheguei no meu limite de produção para sábado e abri uma agenda extra no domingo para pegar ainda mais pedidos. Estou recebendo encomendas tanto de quem irá passar o Dia dos Pais em família, como de quem vai viajar e mandar uma lembrança. Sinto que tanto as comemorações estão aumentando, como também as viagens. Tenho uma relação afetiva com meus clientes então acabo sabendo sua programação completa. Mesmo muitos tendo tomado só uma dose já se sentem confortáveis para sair mais de casa e encontrar amigos e família, com todos os cuidados necessários, é claro”, afirma.


Aproveitando a proximidade com os consumidores, criada através de listas de transmissão personalizadas no Whatsapp e nas redes sociais, a microempreendedora lançou kits personalizados, com menores quantidades e, consequentemente, com valores mais atrativos. “Tomei uma decisão bem acertada de reduzir o tamanho e valor das cestas, além de montar uma alternativa mais em conta que são os kits. As vendas estão aumentando sim, mas a crise continua. Os clientes estão negociando e escolhendo opções mais baratas. Eu preciso vender e eles desejam comprar”, completa Patcha.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias